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Entrevista: TMF encontra Ben Kealey; leia

Os fãs de Kasabian o conheceram como o homem quieto por trás dos teclados, incluindo seus prodígios arpejos e efeitos eletrônicos nas músicas da banda. Mas em seu tempo livre, Ben Kealey preenche seu tempo criando arte com coisas que as pessoas jogam fora. Pegando esses “outcasts” e reformando eles para a vida, ele prova um ponto valioso: que arte existe em qualquer lugar, você só precisa saber para aonde olha.

TMF: Você pode nos explicar os seus projetos de “Urban Art”? Como isso aconteceu?
Ben Kealey: Kasabian está em turnê na época e eu estava olhando um jornal local quando eu vi que alguém estava doando um lindo piano Steinmayer para ser queimado então eu pensei em pega-lo e ver o que poderia fazer para salva-lo da sucata. Seu revestimento estava em um estado muito ruim, então decidi pintá-lo e a inspiração veio de Sex Pistols tocando na van ‘Pistols at Dawn’ e ‘God Save The Queen.’ E isso foi o começo, então eu comecei a olhar mais profundamente e encontrei muitos pianos sendo jogados no lixo e eu achei que seria possível fazer algo para ajudar a reintegrar o piano novamente nas nossas casas, corações e na modernidade dos nossos dias.

TMF: O que vem primeiro pra você, arte ou música? Ou elas estão juntas?
BK: Os dois, eu acredito. Desde muito cedo eu sempre amei desenhar/pintar e comecei a tocar piano com cinco anos então a música e a arte sempre foram uma parte enorme da minha formação, na vida.

TMF: A arte inspira sua música ou a música inspira sua arte?
BK: Eu acho que música, sem dúvidas, inspira minha arte, eu acho bem mais fácil criar um algo quando estou ouvindo música. E pode ser qualquer coisa, qualquer coisa que eu esteja ouvindo vai ter um efeito no final, mas eu normalmente não planejo algo especifico ou ideia na minha cabeça sobre o que eu quero criar, acontece naturalmente.

TMF: Qual é seu meio favorito para criar?
BK: Eu amo desenhar, com lápis, canetas esferográficas, carvão, até mesmo com marcadores de papel. Mas pode ser qualquer coisa, papel, chãos e obviamente, pianos também.

TMF: Você reforma instrumentos abandonados. Como isso aconteceu? Aonde você encontra os instrumentos?
BK: Depois de encontrar o primeiro piano em um jornal local eu comecei a procurar por todos os lugares, classificados locais, websites, sites de leilões, amigos e família! É incrível quando começa a procurar, parece que todo mundo tem um piano que quer se livrar.

TMF: Você tem estado bastante na estrada com o Kasabian. A sua arte sempre foi inspirada pelos lugares que visita?
BK: Quase definitivamente. Quando nós visitamos lugares lindos, nós tentamos absorver o máximo da cultura local e arquitetura que podemos. Nós estamos agora em uma turnê pela metade do mundo e eu estou pegando ideias de novos projetos todos os dias.

TMF: Há uma brilhante série de fotos no Kasabian Live chamada “The Slab”. Qual é a inspiração pra isso?
BK: Ah, “The Slab”! Isso veio de uma manhã em um aeroporto depois de uma noite pesada no álcool. Eu estava tentando achar um lugar secreto para meditar e focar o centro da terra. Serge tirou a foto e então começou.

TMF: Esse é um modo de estar psicologicamente conectado com arte?
BK: Você pode dizer que sim, mas é também um ótimo jeito de curar uma ressaca!

TMF: Você recentemente colaborou com Noel Fielding no Luxury Comedy. Como você se envolveu com isso?
BK: Serge e Noel são bons amigos e quando ele pediu por Serge ajuda-lo com a música, em troca Serge tinha algumas coisas para eu fazer, então nós usamos algumas horas não ocupadas na turnê para fazer as músicas para o Noel. Eu acho que tem um álbum vindo aí com as músicas e eu estou sob o pseudônimo de “Wifred Serpentine the Third”. Foi divertido e nós amaremos fazer as próximas histórias.

TMF: E o que há de próximo para você?
BK: Nós estamos no meio de uma turnê agora até Maio, mas temos Maio de folga antes de começarem a turnê europeia e os festivais no Reino Unido. Então eu acho que depois do ciclo desse álbum nós teremos alguns meses de folga então eu estarei com minha coleção de pianos – assim que eu tiver tempo de criá-la, claro – e eu gostaria de colocá-los em exibição em Londres. Eu tenho uma grande ideia para eles o que pode ser uma grande ajuda para alcançar meu objetivo de fazer pianos acústicos para jovens gerações assim como para as mais velhas.
Fora isso, eu estou tentando escrever algumas músicas por agora, eu adoraria aparecer nos créditos de um filme, assim como filmes são uma grande paixão minha – ainda mais após ter trabalhado com Serge na faixa para o “London Boulevard”.

Fonte: TMF 

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