Kasabian tocará no King Power Stadium para celebrar a incrível temporada do clube de futebol inglês, Leicester City, na Premier League. Finalmente, depois de meses de rumores, o guitarrista e compositor Sergio Pizzorno e o vocalista Tom Meighan deram os detalhes do show ao Leicester Mercury no King Power Stadium hoje cedo. Confira a entrevista:
Data e local: 28 de maio de 2016, King Power Stadium, Leicester
Ingressos: livenation.co.uk | Tickets go on sale at 10am on Saturday.
– Uma média de 30 mil ingressos para o show no King Power estará à venda na manhã de sábado.
“Tem toda uma energia na cidade nesse minuto,” diz Serge. “De um jeito que parece que nós somos o centro do universo. Todos estão vendo. Nós sempre quisemos tocar no King Power e depois dessa temporada… nós tínhamos que fazer isso. Não importa o que aconteça, nós vamos precisar de um lugar para ficarmos juntos e refletirmos sobre o que aconteceu, porque é inacreditável. No estádio, com a gente tocando nossa música. Não tem jeito melhor. Estamos muito orgulhosos.”
A banda já havia marcado para tocar lá no ano que vem – alcançando uma ambição de uma vida inteira. Mas como o Leicester City estava se aproximando da vitória na Premier League, eles souberam que tinham que trazer a data para mais perto. “Nós conseguimos as datas e ficamos muito animados,” diz Serge. “Mas com a temporada chegando ao fim, nós começamos a pensar que devia ser esse ano.”
“Faz sentido,” diz Tom. “É uma honra.”
Os Foxes estão próximos de ganhar a Premier League e fazer história no esporte, depois de sua fuga dramática do rebaixamento na última temporada. Kasabian tirou um tempo de folga esse ano, o que significa que Tom e Serge puderam assistir a maioria dos jogos no estádio. “Nós normalmente perdemos muitos – nós assistíamos pela TV às 2h da manhã no Japão ou no Brasil ou em outro lugar,” diz Serge. “Nessa temporada, as estrelas se alinharam e nós estávamos aqui a maior parte do tempo. Tem sido incrível.”
“É muita coisa para absorver,” diz Tom. “Nós estamos rezando. Eu acho que nós somos o segundo time favorito de todo mundo. Não é mais o Barcelona, ou Real Madrid, é o Leicester City. Até os fãs do Arsenal querem que a gente vença.”
“Não importa o que aconteça, essa cidade passou por uma viagem e tanto,” diz Serge. “Saindo da zona de rebaixamento… até esse ponto, quando nós sobrevivemos, tem sido incrível.”
O show segue o caminho da marcante apresentação no Victoria Park, em 2014, um dos maiores da história da cidade. “O show no Victoria Park foi um marco na vida,” diz Serge. “Tudo naquele dia foi perfeito. Eu nunca vou esquecer. Tinha tanta energia boa pela cidade e as pessoas estavam lá para se divertir.”
“Vicky Park foi emocionante para todos os envolvidos,” diz Tom. “Esse vai ser ainda mais, se as coisas acontecerem como o planejado.” Ele se refere, claro, ao Leicester City vencer o campeonato. E está tentadoramente perto, a apenas uma vitória de distância. Serge diz que Tom foi uma das primeiras pessoas a acreditar que isso era possível. “Tom foi, provavelmente, a primeira pessoa a me dar um toque, sem brincadeira. Ele estava tranquilo. Foi perto do Natal. Eu lembro dele dizendo que se nós continuássemos vencendo os jogos, nós venceríamos o campeonato. Ele sempre acreditou muito. Conforme foi passando, eu não acho que as pessoas estavam acreditando no que estava acontecendo. Quando jogamos com o Manchester City, Chelsea, o jogo com o Liverpool, e conseguimos todos os pontos. E aí foi: ok, a Champions League é uma possibilidade real. E entramos em janeiro e eu senti que se nós não tivéssemos nenhuma contusão, se mantivéssemos os 11 jogadores, nós conseguiríamos.”
Qualquer lugar que eles vão, as pessoas querem falar com o Kasabian sobre o Leicester City.
“Nos correios, no açougue, em todo lugar,” diz Serge. “Todo mundo. As pessoas sabem que nós somos grandes torcedores, então é a primeira coisa que elas falam. Eu andei em alguns táxis em Londres e todos diziam ‘Vai, Leicester.’ Em todo lugar que eu estive, o assunto era esse. Parece uma experiência fora-do-corpo, para ser honesto. Eu não consigo acreditar que é o Leicester – é o tipo de coisa que você acha que só acontece com os outros.” Tanto Tom quanto Serge viajarão para Manchester para o jogo de domingo – saindo umas 8h30, diz Tom. Nenhum dos dois estará dirigindo. “Seria a coisa mais incrível do mundo vencer em Old Trafford,” ele diz. “Eu não sei como vou lidar com isso. Meu estômago vai estar revirando.”
“Eu sou péssimo em previsões, péssimo, mas eu acho que vai ser empate e o Spurs vai perder pro Chelsea,” diz Serge. “Argh, eu odeio dizer isso em voz alta. Eu não quero abusar da sorte. Se você está querendo um conto de fadas, é isso aí. Vencer lá. O jogo com o Swansea foi pior do que qualquer jogo em Wembley. E Spurs x West Brom; por algumas razões foi pior. Eu estava andando em círculos nesse.”
A dupla também falou sobre a expulsão infame de Jamie Vardy durante o jogo contra o West Ham há umas semanas. “Ele não é de cavar, simplesmente não é,” diz Serge. “O ímpeto tirou ele. E não era jogada para amarelo, foi tão infeliz. Eu quero muito que Jamie esteja em campo – se – quando nós ganharmos o campeonato. Eu realmente quero isso pra ele. Ele foi uma revelação absoluta.”
Mudando de assunto para falar sobre o técnico Claudio Ranieri, que entrou no lugar de Nigel Pearson no início da temporada, Tom e Serge – assim como todo torcedor do Leicester City no mundo – não tem nada além de elogios. “Ele é o cara mais incrível no mundo,” diz Tom. “Ele me disse para ficar calmo quando eu o conheci – quase como se ele soubesse como eu sou. Ele é um cavalheiro, um cara genuinamente simpático.” Ranieri teve muitos céticos a sua volta quando chegou, mas Serge, que é de família italiana, nunca foi um deles. “Quando ele foi apontado como novo técnico, eu fiquei em êxtase; a conexão italiana, sabe. Eu sabia que se nós fossemos bem veríamos bandeiras italianas junto com as do Leicester. Eu fiquei muito feliz porque eu acompanhei a carreira dele e sabia o quanto ele era bom. No primeiro jogo, eu lembro de estar assistindo e pensar que parecia Itália.” Ele faz uma pausa. “Eu tenho vários amigos que me enviaram mensagens dizendo que era uma má ideia quando assinaram com ele – estão todas salvas no meu celular. Eu acho que a forma como ele se auto conduziu sob séria pressão foi fantástica. Seria ótimo sentar com ele, tomar um vinho e comer alguma massa.”
“Ele transformou o clube,” diz Tom. “É estranho nos ver nessa posição. Não é mais como nos velhos tempos.”
É louco, diz Serge, pensar que agora, depois de apoiar o clube por mais de 30 anos, eles podem ser testemunhas do time ganhando o campeonato. “E eu estou muito feliz pela geração antiga de torcedores também. Meu avô tem 96 anos e está esperando pra ver o que vai acontecer. Significa muito pra ele.”
De volta ao show, então. O que eles tem planejado? E mais importante – depois da famosa e muito copiada camisa Les-tah do Serge no Victoria Park – o que eles estarão vestindo? Um uniforme completo?
“Nós temos algumas surpresas, sim. Terá algo, mas eu não vou contar. Será uma noite mágica. Você tem que estar lá. Não tem desculpa. (Sobre) o que estarei vestindo… eu tenho uma ideia, mas você verá no dia. Eles tem um agasalho (conjunto de calça e casaco esportivos) numa cabine de vidro aqui dos anos 70. Eu quero aquilo. Não acho que eles vão me deixar usar, de qualquer forma.”
Tom e Serge disseram que estarão por trás da campanha do Mercury e da BBC Leicester, Backing The Blues, que pretende deixar Leicester, Leicestershire e Rutland azul por um dia amanhã.
“Meu filho está indo para escola com uma camisa do ‘Jamie Vardy fazendo a festa‘”, diz Serge.
Fotos Alex Hannam/ Plumb Images:
Fonte: leicestermercury.co.uk
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