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Entrevista: Tom e Serge falam sobre novo álbum, festivais e mais

Kasabian pega a trilha – NME (20/04/13)
Os rapazes de Leicester apertam os cintos nos esquis para o show mais épico nos alpes australianos, mas dizem para Jamie Fullerton que vencerão ainda mais barreiras para o quinto álbum.

Mesmo para uma banda que tocou em um avião aterrissado, tocar em uma montanha é ainda bem estranho. Kasabian está fazendo uma performance semi acústica no Festival Snowbombing, um barulho nas orelhas de 15 minutos, em uma corrida de esqui para cima de uma montanha no resort de Mayrhofen. Como a única banda com guitarra no local, os caras de Leicester estão um pouco anormais; Snowbombing está caracterizado por homens esportistas e mulheres indo a loucura com DJs superstars e o público consiste em 300 pessoas vestidas em macacões e esperando passar o tempo. Por meio da agenda da banda depois dessa data, está tão claro como a neve, que não estarão longe por muito tempo. Como explicam no chalé.

NME: Então, por que o Snowbombing?
Serge: The Prodigy tocou aqui três anos atrás e parecia insano! Pareceu para mim uma coisa de festival dançante – é um bom desafio. É como “Identidade Bourne” ou qualquer coisa dessas, vindo de esquis.

NME: Vocês só tem um show marcado depois disso – Hard Rock Calling em junho.
Vocês vão dar uma parada?

Tom: Nah, sabe quando bandas param? Eu não consigo suportar isso. O Serge é viciado em trabalho, ele tem a força.
Serge: Eu fico em turnê por muito tempo e aí não vejo a hora de ficar em casa. Passa duas semanas e eu estou morrendo. Eu tenho um estúdio em casa, então eu estou sempre fazendo algo.

NME: O que você tem em mente para o próximo álbum do Kasabian?
Serge: Eu estou obcecado com mantras. Eu amo essas coisas que repetem e constroem. As partes com dance music sempre me fascinou.
Tom: Eu ouvi as demos e elas estão atrevidas e pesadas, com a veia de Underdog e Fast Fuse. É a coisa mais agressiva que já fizemos. Velociraptor! foi como um álbum pop, mas isso é muito mais extremo.
Serge: Eu quero pegar pesado no som. Eu nunca quero ceder e pensar em vender álbuns. Se o novo sair no próximo ano vai ser próximo ao aniversário do primeiro. Colocar aquele som eletrônico que tínhamos no começo, seria um modo perfeito de fazer.

NME: Quando nós vamos ouvi-lo?
Tom: Bem, nós o faremos rápido – em outubro – e aí nós o moldaremos. Talvez liberar um single em novembro e ir para a estrada em janeiro.

NME: Ano passado vocês disseram que seriam o destaque do Glastonbury 2013 se eles chamassem. Acredito que eles não chamaram, então?
Tom: Não, e eu não vou fazer papel secundário para essas bandas de destaque neste ano, sem chances. Nós somos tão bons, se não melhores que eles. Nós somos irrevogáveis – nós somos a banda destaque. Mas ele (Michael Eavis) não nos chamou, o bastardo. Glastonbury estava na nossa lista de afazeres. Tudo que ele tinha que fazer era pegar o telefone.

NME: E se ele nunca ligar?
Tom: Eu não ficaria na minha cama amaldiçoando. Mas nós temos todo o direito para ser a banda de destaque do Glastonbury, porque somos bons o suficiente, isso vai acontecer.

NME: Mas de forma em geral, nós vamos ver vocês em festivais no próximo verão?
Serge: Nós planejamos fazer algo enorme em Leicester. Não tem nenhum lugar para tocar com mais de duas mil pessoas lá, então vamos ter que construir nosso próprio palco.

NME: Você disse que queria fazer algo no campo do Leicester City. O que houve com os planos?
Tom: Nós sempre quisemos isso, e se for o tempo certo e se eles puderem fazer isso, vai ser bom para a cidade, vai ser bom para nós, vai ser bom para todo mundo. Sabe, nós acabamos de achar os restos de um rei (Os restos mortais de Richard III foi recentemente encontrado debaixo de um estacionamento em Leicester)! Nós poderíamos chamar o show de “Rei Richard III”. Pegar uns adereços e por nas telas. É um ótimo nome para o álbum, não é? “Rei Richard III”.

Neve boa ou muito legal?
O veredito da NME para o show do Kasabian nas montanhas no Snowbombing

Kasabian não está naturalmente arranjado para um setlist acústico, então mesmo que tenha sido montado de uma forma que eles pudessem manter as coisas semi ligadas, com Serge, o guitarrista Tim Carter e o baixista Chris Edwards estavam empoleirados em bancos, Tom estava fazendo malabarismos para se manter aquecido. Na incrível montanha em volta, eles pareciam incrivelmente afinados. Underdog, Where Did All The Love Go? e um cover de Supertramp, “Breakfast In America”, foi como uma sessão de rádio. “Obrigado, nós fomos o Snow Patrol”. Brinca Tom enquanto L.S.F. marca o fim do triunfo. É seguro dizer que nós não iremos ver o Kasabian em circunstâncias similares por um bom tempo. Não sem calças térmicas por debaixo dos jeans apertados.

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