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Sergio: A entrevista Italiana pelo site Kasabian Live!

Kasabian Live website – 19.07.2012
À frente do show do Kasabian em Milão desta noite, Sergio nos conta um pouco sobre seu lado italiano e sua relação com a Itália.

“Meu avô era de Gênova, e veio para Inglaterra nos anos 60. Então, quando cresci, isto começou na verdade com o futebol. Eu sempre torci pela Itália em todas as Copas do Mundo, sempre tive uma camiseta azul ao invés da branca. Pelo meu avô ter morrido quando eu era muito jovem, para continuar a linhagem italiana na família, acredito que meu pai fez o que pôde para todos terem certeza de onde nós vínhamos.
Nós costumávamos passar todo verão na Itália, em Abisola ou Alassio (que fica na Riviera). Nós viajávamos em um velho e surrado Austin Allegro, e costumava demorar três ou quatro dias. Eu passei todos os meus verões lá. Cresci comendo massa e pizza.

Meu pai sempre foi uma grande influência musical, mas só percebo isso agora. Ele ouvia Robert Johnson, John Lee Hooker e Howlin’ Wolf – verdadeiros bluesplayers – e os Stones, mas não conseguia tocar nenhum deles. Ele tinha um violão sem cordas no qual ele fingia tocar, então eu o peguei e fiz o mesmo. Fingindo assim como ele fez. Por canções italianas, eu sempre me lembro de uma chamada ‘Lasciatemi cantare’, uma daquelas canções italianas velhas e ruins. Também havia uma chamada ‘Gloria’ – eu juro que o Pulp tirou o riff de Disco 2000 dela. Acho que Zucchero também era tocado. Esse era o tipo de vibe que aquela casa tinha.

É engraçado, porque os fãs italianos realmente nos têm no coração, é como tocar na nossa cidade de origem. O apoio é sempre imenso, e é muito animador, especialmente para mim.
Eu não sei muito de italiano, sou preguiçoso e me desculpo por isso. Eu compreendo muitas coisas, mas falar… sou terrível. E principalmente quando você está no palco, você não quer começar a jogar palavras que você não se sente exatamente confortável falando. Eu sou uma pessoa muito tímida, se eu estou arriscando um italiano, preciso saber que estou fazendo isso certo.

Eu acho que a Itália é muito diferente do que minha terra natal. É uma cultura inteira, eu sinto que eu me acostumo muito bem, porque é muito relaxante. A comida é incrível, mas são as pessoas quem a faz. É obviamente esteticamente bonita, há esses monumentos antigos e você pode andar por eles, e eles são muito bonitos. Mas, para mim, é mais sobre as pessoas que vivem aqui. Parece haver um grande espírito familiar, e a “geração do computador” não parece ter mudado isso. Ainda há essa bela vibe familiar. E todas as pessoas que conheci têm sido muito legais, os fãs em especial. Mesmo quando estão apenas pedindo um autógrafo, são muito educados. E eles são muito conscientes de que se você estiver com sua família, é melhor apenas deixá-lo em paz.”

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