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Entrevista: 50 anos dos Rolling Stones comentado por Sergio

O The Sun publicou uma matéria sobre os 50 anos dos Rolling Stones, onde juntou opiniões de dois pontos de vista diferentes para dizer um pouco mais sobre a banda. Os comentários foram feitos por Sergio e o colunista do The Sun, Rod Liddle. Mas como o assunto aqui é Kasabian e seus integrantes, só traduzimos a parte do Sergio.

“O coração da banda é um belo ato duplo”
– Serge Pizzorno

Quando eu estava crescendo era Stones por todos os lados, meu pai absolutamente os adorava. Não havia Beatles x Stones em nossa casa. Perto do tempo em que o Britpop apareceu, eu descobri por mim mesmo que eles mantiveram uma grande influência em tudo que eu faço. De música a moda.

As histórias e os mitos são uma grande parte do romance envolvendo a banda. Existem todos aqueles lindos e provavelmente fictícios, contos sobre Keith fazendo uma transfusão de sangue e sobre ter cheirado as cinzas de seu próprio pai. Mas nada disso realmente importa para mim. Quando eu me apaixonei por eles quando criança, foi por suas músicas e por sua sonoridade e é isso que os mantém relevantes hoje em dia.

É totalmente arrepiante quando o riff de Gimme Shelter começa. Eles possuem várias melodias cruas que dá a sensação de que são perigosos.

Meu álbum favorito é o Exile On Main Street, que foi gravado no porão em uma vila no sul da França. Eles tinham uma filosofia que não importa onde você grave, desde que isso soe bem. Isso era pensar tão para frente numa época em que os músicos sempre gravavam em grandes estúdios. Muitas de suas músicas te deixam com vontade de dançar. Os ritmos são sexy.

Nós sempre tentamos imaginar como eles soariam se estivessem começando agora – e usar isso como influência no Kasabian. No coração dos Stones há o belo ato duplo de Keith e Mick. A relação deles é fascinante. Há um romance nesse ato duplo. Um sem o outro não é bom.

Você tem isso com John e Paul nos Beatles e Noel e Liam no Oasis. O fato de Keith e Mick continuarem juntos mostra que eles ainda continuam amando um ao outro, mas há também uma tensão e rivalidade. Mick é incrível no entretenimento com sua dança, mas a coisa que mais me prende em vê-los ao vivo é sua voz. É tão forte e corta sobre qualquer coisa.

Foi algo grandioso eu ter sido convidado para abrir na “Bigger Bang Tour”, em 2006. A escala de suas turnês é monstruosa. Parece que eles possuem mil caminhões. Mas nós tivemos a chance de conhecê-los e tirar uma foto, o que é um tesouro. Está pendurada na casa dos meus pais. Eu tinha que conhecer Keith, o qual eu tinha vários sentimentos já de antemão. Ele é como um herói para mim e eu não queria arruinar isso. Ele só disse:  “É sempre bom conhecer trabalhadores da música.”

Isso está comigo porque, entre toda essa grande produção, isso é como ele enxerga ele mesmo. Mais um guitarrista na estrada. Keith sempre pareceu muito legal. Ele admitiu que costumava roubar um monte de roupas de sua ex, Anita Pallenberg . No meu livro qualquer um pode se dar bem usando as roupas de sua namorada. Isso deve ser admirado enquanto parecer legal.

Keith faz isso de alguma forma e ainda continua parecendo masculino, e desfaz o sentimento de que ele não seria digno em uma luta. Você não pode subestimar o impacto dos Stones na sociedade. A primeira vez que foram para América foi nos anos 60, e viajaram para o sul. Era um lugar perigoso, com muito racismo. Eles foram para conhecer e tocar com os músicos negros do blues que os inspiraram. Eles tinham moral para fazer isso – especialmente como músicos ingleses cabeludos.

Nós temos sorte deles continuarem tocando ao vivo por aqui, diferente dos Beatles. As pessoas questionam o porquê de eles tocarem ao vivo na idade que tem. Eles teriam preferido morrer aos 27 e virar um pôster? Ou então ficar gordo e velho e falar sobre os bons dias?

Esses caras SÃO os Rolling Stones. É o que os define. Eles não podem fazer nada além disso. Se eles fizerem uma turnê ano que vem, como estão dizendo, vá assisti-los. Isso vai mudar sua vida.

Top 5 de músicas dos Stones na opinião de Serge

Sympathy for the Devil: Hoje isso ainda parece futurístico. Há um bom documentário onde você pode vê-los criando ela. Fantástico.

Tumbling Dice: Se você está se sentindo triste, ouça essa música e tudo ficará bem. Incrível.

Street Fighting Man: Uma música punk com letras soberbas de Jagger.

(I Can’t Get No) Satisfaction: O riff foi gravado em um quarto de hotel, mas ele ficou preso nela com antecipação surpreendente.

Emotional Rescue: Uma música dos anos oitenta com influência. Diferente, porém brilhante.

Fonte: The Sun

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